terça-feira, 12 de agosto de 2008

As lendas alimentam nossa alma

Foto: Rigon


Há muito tempo ouço falar desta estrada. Como uma criança curiosa ouvia e lia muitos mitos e lendas sobre a Transamazônica.
Abro aqui uns parênteses para falar dos mitos e lendas. Não é o concreto e a verdade que alimentaram os grandes feitos e as grandes aventuras do mundo. Foi o mito, o sonho, a possibilidade de ser, o inconfirmável.
O real e o concreto se tornam chatos e previsíveis, vão se repetir e estão ao acesso de todos. Não possuem a alma do mistério e do perigo. Não exigem coragem e não merecem méritos nem planejamento.
Já o mito e as lendas alimentam os aventureiros, sonhadores e os viajantes. O “era uma vez” já nos atrai instantaneamente desde criança. Aprendemos que estes relatos sempre nos transportam a épocas, povos, lugares e histórias. Aquilo que não puder ser confirmado instigará nossos anseios e a nossa mente e conseqüentemente embalará nossos sonhos.
Esse papo em volta da fogueira, as historias contadas por quem foi, os verbos errantes de viagem, contados em grupos, mercados e nas encruzilhadas nos lançaram ao mar desconhecido. Nos lançaram as Bandeiras, as cruzadas, fez Marco Pólo ir a China, Colombo a América, Villasboas ao Xingu entre tantos outros feitos imagináveis implanejaveis ou imprevisíveis, mas nos trouxeram ate aqui (Fecho esse parênteses sobre mitos e lendas, ufa!)

Nenhum comentário: